
“Centrão “de olho no Mapa, STF midiático, especulação ministerial e o diálogo internacional
Hoje vamos desde “Adote um Parque”, passar pelos “seres” Supremos, pela fome do Centrão, autonomia do Banco Central e o encaminhar do diálogo com o novo governo dos Estados Unidos, longe do fogo amigo.
Começamos com a autonomia do Banco Central. “Ah!! Mas como pode iniciar o novo comando na Câmara dos Deputados com esta pauta?” Alguma sinalização de que a banda vai tocar diferente precisava aparecer, mas é um desejo antigo. Agora se concretiza, não apenas de fato, mas de direito. Com os mandatos fixos, para o presidente e oito diretos, o Banco Central não vai ficar mais nas mãos das mudanças de governos, ao sabor direto da política, tanto a direita quanto a esquerda já defenderam essa autonomia. Sim tem projetos prioritários e urgentes e o Congresso vai ter que correr este ano, porque ano que vem os interesses tem um só sentido: A corrida pelas eleições.
“A boa comunicação, onde está? Como falta para o Brasil o diálogo construtivo para não ficarmos nas mãos de articulações que destroem a imagem internacional dos brasileiros, sim porque os governos passam e a gente fica, permanece na luta diária por dias melhores.”

Dialogar com o mundo…
Onde tem fumaça….
As mudanças no comando dos ministérios, já começaram com Onyx Lorenzoni que saiu do Ministério da Cidadania e foi para a Secretaria-Geral. Nos bastidores o comentário está na tentativa de colocar a Ministra Tereza Cristina em outro ministério. Aliados do Planalto passaram a sugerir que, Tereza Cristina, passasse a comandar o Ministério das Relações Exteriores. A mudança tiraria o polêmico chanceler Ernesto Araújo e deixaria a Agricultura para que os parlamentares façam a indicação. Ministra Tereza Cristina vem atuando em questões internacionais, tem diálogo com China, tem atuado para ratificar o acordo firmado entre Mercosul e União Europeia. Esta semana mesmo, o Brasil e o Reino Unido criaram comitê conjunto para facilitar relação na agricultura. A ministra convidou representantes britânicos para conhecerem importantes programas como o ABC, Agricultura de Baixo Carbono, o Programa Nacional de “Bioinsumos” e o “Renovabio”, exemplos de sustentabilidade mundial, mas que tem pouca divulgação.
O Comitê Conjunto de Agricultura vai dar continuidade nas consultas bilaterais, sobre questões relacionadas ao comércio de bens agropecuários. Um fórum de debates para desburocratizar e acelerar as interações entre os dois países. Atualmente estamos com o saldo da balança positivo, exportamos para o Reino Unido mais de um bilhão de dólares, principalmente em soja, aves e frutas. Importamos pouco mais de $107 milhões de dólares, especialmente em uísque, gim.
Na possível dança das cadeiras a ministra também foi cogitada para assumir a Secretaria de Governo e a Casa Civil. Esperar para ver. Ouvi esta semana que a fome do chamado “centrão” pelo Ministério da Agricultura é para ter influência na FPA, Frente Parlamentar da Agropecuária que sempre foi articulada de uma forma independente.
Supremos do Supremo
Vamos falar dos Supremos que influenciam e metem a colher em tudo. O Ministro Edson Fachin, lá em 2019 já dava entrevista negando que existisse uma “juristocracia,” ou “supremocracia”. Mas de uns anos pra cá esta percepção de que a política entrou com ideologias distintas dentro do STF está na pele do povo que em pouco tempo esqueceu os nomes dos jogadores da seleção brasileira e sabe a escalação completa do STF. Isso é ótimo por um lado, mas péssimo pelo lado que inflou o ego dos senhores Ministros que estão com holofotes, em vez de se manterem na discrição do cargo. Em nova entrevista, e isso é que chama atenção, porque quem julga nunca deveria se manifestar, ou virar estrela, emitindo opiniões que possam revelar tendências e resultados de julgamentos. Novos tempos, onde o judiciário quer decidir pelos demais poderes, ministros midiáticos, donos da verdade, quando deveriam ser os guardiões da constituição, e não rasgar ela diante de interesses que fogem das atribuições dos senhores do Supremo. A Entrevista que Fachin deu esta semana, sem dizer nada, mas revelando toda a ideologia e o que pensa para as futuras decisões. O Congresso precisa mostrar a que veio para não ser atropelado pelos supremos do Supremo. Pelo menos decidiram esta semana que não existe o direito ao esquecimento, aquele que alguém poderia pedir que meios de comunicação fossem impedidos de divulgar informações de um fato verídico considerado prejudicial ou doloroso querem apagar passado de bandido, só mesmo Edson Fachin votou a favor deste pedido bizarro.
Diálogo internacional.
Empresários brasileiros e americanos pressionaram esta semana para que o diálogo entre Biden e Bolsonaro aconteça o mais rápido possível. Documento assinado por entidades dos dois países destaca a agenda bilateral e a manutenção do apoio ao Brasil para entrar na OCDE.(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Esta semana, mesmo não tendo a diplomacia mais apurada que se espera de um chanceler, teve um diálogo importante entre o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e o Chefe da diplomacia Americana Antony Blinken, uma reafirmação da importância de uma colaboração produtiva entre os dois países. O tal dossiê encaminhado para Joe Biden por acadêmicos e ONGS, com viés totalmente político e contra o Brasil é de uma infantilidade total, sabendo que as nações traçam acordos no diálogo e com base em fatos e não em discursos militantes. Uma coisa é fazer oposição, lavar roupa suja em casa, outra coisa é fazer fofoca internacional e prejudicar ainda mais a imagem do Brasil lá fora. Impressionante os novos tempos, o documento de longe é uma sinalização internacional. Pessoas que estão preocupadas em garantir a segurança alimentar com preservação ambiental e trabalham para isso, que precisam ser ouvidas.
Enquanto isso vamos aos fatos que estão avançando na preservação ambiental. Lançada a primeira fase do programa Adote um Parque, para 132 unidades de conservação federais na Amazônia. Os parques ocupam 15% do bioma, mais de 63 milhões de hectares. Dinheiro da adoção de cada parque vai ser aplicado diretamente pelas empresas parceiras nas unidades. Um projeto piloto. Previsão é atrair mais de R$ 3 bilhões de reais.
Questionam que já estavam negociando com empresas antes de assinar o decreto do projeto, mas todo projeto para ser bem sucedido precisa de bons exemplos iniciais, para dar estímulo, isso desde que o mundo é mundo em qualquer governo, e foi muito simbólico logo uma empresa francesa Carrefour, já que os franceses estão em pé de guerra com Agro brasileiro em nome da Amazônia. O Carrefour adotou a reserva Extrativista (Resex) em Rondônia, com cerca de 75 mil hectares. O valor anual de repasse da empresa será de aproximadamente R$ 3,8 milhões. Um trabalho longo para tirar a pecha de vilão do planeta. Mas é com resultados práticos que podemos combater os discursos inflados pelo extremismo da política polarizada.
A boa comunicação, onde está? Como falta para o Brasil o diálogo construtivo para não ficarmos nas mãos de articulações que destroem a imagem internacional dos brasileiros, sim porque os governos passam e a gente fica, permanece na luta diária por dias melhores.
Marcelo Lara- Consultor de Comunicação