A construção do “Plano Safra” passa por diversas mãos e tem a fonte de indicações de prioridades diretamente nos produtores rurais. A entrevista de hoje é com a Superintendente Técnica Adjunta na CNA, Fernanda Schwantes. Abordamos sobre esta construção e o fortalecimento da chamada agenda estruturante que vai dar base para termos mais previsibilidade.
As sugestões de diversas entidades são enviadas para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Novo cenário: As entidades, como CNA, vêm ouvindo os produtores desde o ano passado de forma virtual, antes as reuniões eram presenciais.
Uma pesquisa vai ser encaminhada para os produtores que são assistidos pela Assistência Técnica e Gerencial do SENAR. Nos últimos anos a indicação do governo mostra prioridade para as pequenas e médias propriedades com políticas direcionadas.
O Ambiente regulatório está sendo trabalhado fortemente para que os produtores de grandes empreendimentos do agronegócio, possam captar recursos em outras fontes de financiamentos, temos a MP do Agro, Fiagro, alguns instrumentos estão sendo ajustados para que os produtores, que tem mais condições de acessar mercados de capitais, mercados financeiros, possam acessar o crédito fora do Plano Safra.
O produtor lá na ponta vem apontando as demandas na hora de contratar o crédito quais as dificuldades que encontram. Não é apenas o acesso ao crédito, mas tudo que está relacionado, custos cartorários, custos com projetos, produtos de seguro que podem não estar adequados para a realidade e a região desses produtores. Nessa agenda algumas medidas estruturantes, envolvendo Banco central e instituições financeiras, os estudos estão sendo direcionados para onde pode ser reduzido custos que as instituições financeiras têm e, no fundo, quem paga é o produtor.
Estimular que novas instituições entrem na política de crédito rural adotada hoje através de equalização da taxa de juros, isso vai gerar mais competição. Os custos administrativos e tributário, que são uma parcela que o banco acaba cobrando do governo para operacionalizar a política, precisa de mais concorrência. No entendimento da CNA, nas cooperativas de crédito este custo é bem inferior a de outras instituições financeiras. Então um dos caminhos é fortalecer as cooperativas de crédito. Outro ponto fundamental é a Revisão da regulação da prudencial que é o quanto as instituições financeiras são obrigadas fazer de provisionamento de perdas quando elas estão emprestando recurso para o crédito rural.
Marcelo Lara – Consultor de Comunicação