Sistemas alimentares devem ter as características de cada país e não uma receita global ideológica

O Brasil fez uma ótima apresentação na Pré-cúpula dos sistemas alimentares em Roma. O caminho que não tem volta, buscar sempre a sustentabilidade com base no social, no econômico e no ambiental.  Tem que focar nesses três elementos, com a mesma intensidade, para que o sistema gere resultados para as futuras gerações.

O trabalho segue firme nesse sentido de preparar os estudos corretos, direcionados, com soluções reais, e apresentar o Brasil como protagonista e não um país que fica na defensiva. A cúpula dos sistemas alimentares será em setembro em Nova York na sede das Nações Unidas.

A ideia do governo é apresentar uma visão ampla com as metas de aprimoramento do sistema alimentar brasileiro até 2030.  Tem pontos que envolvem a coletividade, redução de desperdícios de alimentos, inovação, e pecuária sustentável. Ser protagonista para não ser alvo. Como já reiterou, a Ministra Tereza Cristina, o Brasil quer e pode ser o principal player para investimentos verdes no planeta. O ministério estima que estamos com R$ 30 bilhões em gestão de títulos verdes no país, mas tem potencial US$ 1 trilhão de recursos investidos em fundos sustentáveis internacionais.

Na cúpula a ideia é tomar a frente para ter um consenso de uma “política única” que deve ser defendida por todos os países da América do Sul e Caribe. Isso é a primeira vez que acontece. Os temas de consenso vão estar alinhados com a transformação dos sistemas agroalimentares, demanda dos consumidores e aspectos nutricionais, estratégias de produção e assuntos ambientais e o papel das Américas nesse contexto. É importante ver essa mudança de estratégia antes que outros tomem a frente sem o devido conhecimento da realidade dos países de agricultura tropical, com risco de imposição de uma agenda completamente equivocada para o futuro da produção sustentável.

De Brasília Marcelo Lara

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